quarta-feira, 24 de agosto de 2016



























Redes de vida

Redes fervilhantes de vida,
Rompem ao mar o sol da despedida.
Arrais de voz e vida sofrida,
Trazem p’ra terra,
Farta vida.
Puxam redes,
Puxam sonhos.
Para trás ficaram rostos cansados,
Braços e gestos todos os dias lembrados.
E vejo na praia,
Para uns, morte,
Para outros, sorte.
Atento o meu olhar,
Entre tamanho fervilhar
E o quieto mar.
Quieto agora,
Parece até chorar!
Ele percebe!
Esta morte
Que teima em vida dar.

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Crédito da foto: Carla Marina Palhinha, in Costa da Caparica
Texto by Joll

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